Semana passada recebi feedback dos meus editores quanto a Porém Bruxa 2.
Eu havia terminado uma primeira versão do livro em março de 2023, mas precisei fazer uma grande autoedição antes de estar satisfeita o suficiente para enviá-lo à Suma, o que só aconteceu em outubro - portanto, logo antes da Feira de Frankfurt, da FLIP e das correrias de fim de ano, de modo que eu sabia que eles não conseguiriam terminar de ler antes do início de 2024.
O fato de eu saber que a coisas levam tempo no mercado editorial (e mais tempo quanto maior é a editora) não me livra da ansiedade. Além disso, uma escritora tem noção de quando sua obra precisa de retrabalho. Então digamos que, antes de receber o feedback, eu já tinha vivido todas as fases do luto por ter consciência de que provavelmente teria muita coisa pra editar.
A reunião com meus editores levou mais de duas horas. Foi uma conversa maravilhosa. É muito emocionante ter profissionais tão competentes discutindo minha obra de maneira tão minuciosa; os dois compraram muito o que é esse livro e o que espero dele.
Dito isso, preciso dizer que o processo de edição vai ser muito trabalhoso, ou seja, longo. A dificuldade de um livro pautado na estrutura da narrativa investigativa é muito abstrata pra explicar sem dar exemplos, então vou recorrer a uma metáfora.
Imagine uma camisa com uns 50 botões, de um tipo bem pequenininho, e que as casas são apertadas. Vai levar um tempão pra abotoar tudo, certo? Agora, imagine que, quando você finalmente chegou no fim dessa fileira imensa, descobriu que lá em cima tinha pulado uma casa, e agora faltou uma lá embaixo. O problema é relativamente pequeno, mas corrigi-lo vai exigir tempo, paciência e atenção. O livro é igual, mas 125 mil palavras não são 50 botões, e em vez de tomar meia hora, serão meses pra resolver. Não adianta correr, a menos que eu quisesse rasgar a camisa, fazer botão voar para tudo quanto é lado e ter de costurar outros. Ou trocar de camisa (mas aí seria uma fabricação artesanal partindo da plantação do algodão).
Eu gostaria de poder dizer: a data de lançamento é x. Mas, infelizmente, não é possível. Minha primeira autoedição foi feita entre maio e setembro de 2023 e é de se supor que a nova leve um período parecido. E o processo editorial do grupo Companhia leva 5 meses a partir da data da aprovação do manuscrito final, isto é, a partir do momento que meus editores lerem a versão nova e baterem o martelo.
Não é a notícia que você estava esperando, eu sei. Nem eu, na verdade. Mas, ainda assim, fiquei animada. Várias das observações dos meus editores são para eu desenvolver mais certos elementos, o que é capaz de aumentar o livro, e eles estão ok com isso.
E ADORARAM o livro; acharam melhor do que Porém Bruxa. Então peço só mais um pouquinho de paciência. Está demorando para sair, mas vai valer a pena.
Sábado que vem, dia 6 de abril, às 16h (Brasília) temos live lá no Que Bruxaria é Essa?, dessa vez com uma pesquisadora e quadrinista que admiro muito, a Nathália Xavier Thomaz, que acabou de defender um doutorado incrível sobre quadrinhos brasileiros.
Por isso, eu a convidei para conversar comigo sobre a pesquisa, na qual ela discute a forma como duas HQs usam referências diversas (da vida, das artes, da literatura, do cinema) para construir a narrativa, e a forma como isso se dá não apenas pelo texto escrito como principalmente pelos aspectos visuais.
Eu admiro muito o trabalho da Nathália e, como penso em fazer quadrinhos no futuro, acho que essa conversa vai me ensinar muita coisa.
Anote na agenda e ative as notificações! A gente se vê sábado :D
Pra não esquecer!
Ainda não chegamos a 400 avaliações, então por enquanto ninguém vai ler PB2 antes! Se você ainda não deixou a sua, que tal fazer isso agora? Ou se já deixou e não preencheu o formulário, este é seu lembrete.
Se você não faz ideia do que estou falando, mais informações aqui.
Chegou o momento de ver como continua a história de Sofia e Gabriel…
Se você ainda não começou a ler o romance-folhetim, os capítulos de 1 a 3 estão abertos a todes.
Recapitulando…
Sofia foi resgatada (e Gabriel, sequestrado) por um grupo de rebeldes que conhece bem: seu amigo de infância, Felipe, e a mãe dele, Margot, além de outros dois amigos, Mirela e Ernesto. Sofia inspecionou o prédio onde vinha sendo mantida: uma casa normal, cuja única cela era o porão compartilhado com o marquês. Não bastassem os mistérios envolvendo o lugar, o grupo sofre uma perseguição de soldados imperiais e precisa se esconder. E agora, quanto tempo vai levar para Sofia chegar em casa? E por que Gabriel parece tão calmo?
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